Refinanciamento – Existe o Melhor Momento para Escolher um?
Refinanciamento vs. Financiamento: Entenda as Diferenças e Como Funciona
Inicialmente é importante saber que a diferença entre um refinanciamento e um financiamento está no propósito e nas condições do contrato. Vamos explicar os dois termos detalhadamente:
Financiamento
O financiamento é uma operação onde o contratante adquire um bem (imóvel, veículo, etc.) com o financiamento de uma parte do valor, realizando o pagamento parcelado. Esse tipo de operação envolve a aquisição de um bem com o pagamento do preço de forma parcelada, sem a necessidade de um bem pré-existente como garantia (exceto no caso do financiamento de bens, como imóvel ou carro, onde o próprio bem é utilizado).
Refinanciamento
O refinanciamento é uma operação onde o contratante pega um novo empréstimo utilizando um bem já existente como garantia (seja um imóvel ou veículo) para obter crédito adicional. O objetivo principal é substituir a dívida original por uma nova, com condições diferentes, ou para obter uma quantia maior.
Diferenças principais entre Refinanciamento e Financiamento
- Financiamento: O cliente adquire um bem e financia uma parte do valor da compra, com o próprio bem servindo de garantia.
- Exemplo: Financiar um carro novo ou uma casa.
- Refinanciamento: Utiliza um bem já quitado como garantia para um novo empréstimo ou para obter melhores condições de crédito.
- Exemplo: Refinanciar um imóvel já pago.
Essencialmente, o refinanciamento é utilizado para quem já possui um bem (imóvel ou veículo) e deseja usar esse bem como garantia para obter crédito, enquanto o financiamento é destinado à compra de um bem, com o bem adquirido como garantia do pagamento.
A principal vantagem do refinanciamento é a possibilidade de obter taxas de juros mais baixas em comparação a outros tipos de crédito. Além disso, o montante pode ser utilizado de forma flexível, como para quitar dívidas, investir em um negócio ou realizar reformas. Contudo, é essencial compreender as particularidades dessa opção para garantir que seja vantajosa em sua situação financeira.
Principais tipos de refinanciamento
Os três tipos mais comuns são:
Refinanciamento de crédito pessoal
Quem contratou empréstimo consignado, usou cheque especial, cartão de crédito ou outro tipo de empréstimo pessoal e acumulou dívidas, pode fazer esse tipo de refinanciamento.
De forma geral, essa opção só é disponibilizada para quem já pagou parte do valor devido e teve aprovação na análise de crédito.
No crédito pessoal, o valor é baseado no valor não quitado, e não no valor original da dívida.
Conforme as parcelas são pagas em dia, o limite de refinanciamento aumenta e as oportunidades de renegociação tendem a se tornar cada vez mais flexíveis.
Refinanciamento imobiliário
Esta modalidade funciona como um empréstimo com garantia de imóveis. Geralmente, para a contratação é preciso que ao menos 70% do valor do imóvel já esteja pago.
O próprio bem garante o pagamento da dívida, por isso os juros geralmente são menores que os aplicados em crédito pessoal.
Refinanciamento de veículos
No refinanciamento de veículos (empréstimo com garantia de veículos) é possível renegociar o prazo de pagamento do parcelamento. Assim, o consumidor pode continuar utilizando o automóvel enquanto paga a dívida.
A garantia desse serviço é o próprio bem, que pode ser tomado pela instituição financeira caso a dívida não seja devidamente paga.
Geralmente, o refinanciamento de veículos está disponível para modelos com idade de no máximo 10 anos a partir da data de fabricação.
Assim, o total do refinanciamento é remodelado e o cliente assume uma nova dívida com novo parcelamento.
Situações em que o Refinanciamento é uma Boa Escolha
O refinanciamento pode ser uma alternativa inteligente em diversas situações. Existem sinais que indicam que recorrer ao refinanciamento vale a pena. Os principais para observar são:
- O dinheiro sempre acaba antes do fim do mês.
- As dívidas com empréstimos e financiamentos já ultrapassam 30% do orçamento mensal.
- Pagar a fatura completa do cartão de crédito está difícil.
- Foi necessário deixar de pagar alguma conta para privilegiar outra.
- Foi preciso utilizar o cheque especial ou a reserva de emergência.

Quem está vivenciando qualquer uma dessas situações deve considerar fazer um refinanciamento para ajustar as finanças e ficar longe da inadimplência.
Porém, é importante avaliar se o montante liberado e as condições de pagamento estão alinhados à sua realidade financeira. Uma análise cuidadosa evita o risco de comprometer o orçamento a longo prazo.
Como Avaliar se é o Momento Certo para Refinanciar?
Determinar o melhor momento para optar pelo refinanciamento exige análise de vários fatores. Um dos principais é o cenário econômico. Quando as taxas de juros estão em queda, pode ser vantajoso refinanciar para garantir condições mais competitivas.
Além disso, avalie sua situação financeira pessoal. Se você possui estabilidade de renda e uma boa pontuação de crédito, as chances de obter um refinanciamento com taxas melhores aumentam. No entanto, se você já está comprometendo grande parte da sua renda com dívidas, talvez seja melhor reorganizar as finanças antes de considerar essa opção.
Outro ponto crucial é o objetivo do refinanciamento. Certifique-se de que o montante será utilizado para algo que realmente agregue valor, como a quitação de dívidas caras ou investimentos com retorno potencial.
Comparando Taxas de Refinanciamento com Outras Opções Financeiras
Comparar as taxas e condições de cada opção financeira é essencial para tomar a melhor decisão. O refinanciamento, por oferecer taxas mais baixas e prazos longos, pode ser vantajoso em diversas situações, mas é importante considerar todas as variáveis.
Modalidade | Taxa de Juros Média (%) | Prazo de Pagamento | Finalidade Principal |
Refinanciamento | 8% a 12% | Até 20 anos | Uso de bem como garantia |
Empréstimo Pessoal | 20% a 35% | Até 5 anos | Finalidades diversas sem garantia |
Cartão de Crédito | 200% a 300% | Rotativo | Pagamento de compras |
Financiamento | 7% a 10% | Até 30 anos | Aquisição de imóveis ou veículos |
Dicas Práticas para Planejar um Refinanciamento Bem-sucedido
- Analise sua situação financeira: Entenda sua capacidade de pagamento e evite comprometer mais de 30% da renda com parcelas.
- Pesquise e compare ofertas: Avalie diferentes instituições financeiras e escolha a que oferece as melhores condições.
- Tenha clareza no objetivo: Confirme de acordo com seu planejamento de que o refinanciamento seja utilizado para algo que traga benefícios reais.
- Leia atentamente os contratos: Fique atento a taxas adicionais e condições de quitação antecipada.
O que Levar em Conta Antes de Decidir um Refinanciamento?
Refinanciar um bem pode ser uma ferramenta poderosa para reorganizar suas finanças ou investir em novos projetos.
Aqui está uma lista de perguntas que você pode fazer para identificar se o refinanciamento é uma opção válida e vantajosa para a sua situação:
- Sua dívida atual tem juros muito altos e você está buscando alternativas para reduzir o custo total?
- Refinanciar pode ser uma ótima opção para trocar dívidas caras, como as do cartão de crédito, por uma taxa de juros mais baixa.
- Você está precisando de uma quantia maior para investir em projetos pessoais, como estudos ou reforma, e não quer recorrer a um novo empréstimo?
- O refinanciamento de um bem pode liberar capital sem a necessidade de novas dívidas.
- Seu orçamento mensal está apertado e você precisa reduzir o valor das parcelas atuais?
- Com o refinanciamento, é possível estender o prazo da dívida e diminuir as prestações mensais.
- Você está enfrentando uma emergência financeira, como custos médicos ou manutenção inesperada, e precisa de dinheiro rápido?
- Refinanciar bens pode oferecer liquidez de forma rápida, dependendo do bem e da instituição financeira.
- Você deseja consolidar várias dívidas em uma só, facilitando o pagamento e a gestão financeira?
- Um refinanciamento pode unificar dívidas de diferentes fontes em uma única parcela, muitas vezes com melhores condições.
- Você recentemente aumentou sua capacidade de crédito (como um aumento de salário ou quitação de outras dívidas)?
- Pode ser o momento ideal para renegociar taxas de juros ou condições do financiamento original.
- As condições de mercado mudaram e as taxas de juros atuais estão significativamente mais baixas do que quando você contratou o financiamento?
- Essa situação pode indicar que vale a pena refinanciar para economizar ao longo do prazo.
- Você está buscando melhorar sua saúde financeira e criar uma reserva de emergência, mas seu orçamento está comprometido com parcelas altas?
- Refinanciar pode ajudar a equilibrar as finanças pessoais e abrir espaço para novos objetivos.
- Você possui um bem que já foi financiado e percebe que seu valor atual permite acessar crédito extra?
- Refinanciar com base no valor atual do bem pode ser uma alternativa para aproveitar esse ativo.
- Você está planejando adquirir um bem de maior valor e precisa quitar o financiamento atual para aumentar seu poder de compra?
Os Refinanciamentos podem facilitar a transição para um bem maior ou mais valioso, no entanto, é essencial agir com planejamento e cautela.
Avalie os custos envolvidos, pesquise alternativas e certifique-se de que essa seja a melhor estratégia para seus objetivos.
- Compare taxas e prazos antes de decidir.
- Considere sua situação financeira atual e futura.
- Use o refinanciamento com responsabilidade, priorizando objetivos claros.
- Consulte um especialista financeiro para obter orientação personalizada.
Seguindo essas orientações, você pode transformar o refinanciamento em uma solução estratégica para seu planejamento financeiro.
Precisa de mais informações? Deixe suas dúvidas nos comentários!
Fontes: Serasa, InfoMoney, BNDES, Mega Brasil Comunicação, Caixa Econômica Federal
Share this content:
Deixe um comentário