Você vê exportações terem o melhor setembro da história apesar das tarifas dos EUA
Você vai ler sobre o superávit da balança comercial brasileira em setembro e as exportações recorde para o mês. O MDIC revisou para cima as projeções. As vendas aos Estados Unidos recuaram após a tarifa dos Estados Unidos, enquanto mercados na Ásia e na América do Sul cresceram. O agronegócio se recuperou, com ganhos em carne bovina, milho e soja. As importações subiram por causa da compra de uma plataforma de petróleo de Singapura. A matéria explica o que isso significa para a economia e para suas perspectivas comerciais. Para mais contexto sobre desempenho mensal, veja também https://borainvestir.b3.com.br/noticias/exportacoes-tem-o-melhor-resultado-para-setembro-mesmo-com-tarifas-dos-eua/.
- Superávit em setembro com recorde de exportações
- Exportações para os Estados Unidos caíram após tarifa alta
- Vendas aumentaram para países da Ásia e América do Sul
- Agronegócio se recuperou, com ganhos em carne, milho e soja
- Importações subiram por compra de uma plataforma de petróleo
Brasil registra superávit de US$ 2,99 bilhões em setembro; exportações atingem recorde mensal
Resultado e números principais
Acompanhe os dados do comércio exterior: em setembro, o Brasil teve superávit de US$ 2,99 bilhões. As exportações somaram US$ 30,531 bilhões e as importações ficaram em US$ 27,541 bilhões — o maior valor exportado para um mês de setembro na série histórica, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
| Item | Valor |
|---|---|
| Exportações (set) | US$ 30,531 bilhões |
| Importações (set) | US$ 27,541 bilhões |
| Superávit (set) | US$ 2,99 bilhões |
Contexto e revisões oficiais
O resultado superou a expectativa de mercado. Pesquisas apontavam um superávit menor, por isso o MDIC elevou sua projeção para o saldo de 2025, agora estimado em US$ 60,9 bilhões (antes US$ 50,4 bilhões em julho). Em 2024, o superávit foi de US$ 74,2 bilhões. Para análises comparativas do mês, consulte também https://borainvestir.b3.com.br/noticias/exportacoes-tem-o-melhor-resultado-para-setembro-mesmo-com-tarifas-dos-eua/.
Efeito das tarifas dos Estados Unidos
Houve impacto direto nas vendas ao mercado norte-americano. A tarifa de 50% aplicada sobre produtos brasileiros, em vigor desde 6 de agosto, contribuiu para uma queda de 20,3% nas exportações ao país em relação a 2024 (no primeiro mês após a medida a redução foi de 18,5%).
Destinos em alta e desempenho regional
Os embarques para a Ásia registraram crescimento expressivo. Destaques:
- Singapura: 133,1% (ou US$ 0,5 bilhão)
- Índia: 124,1% (ou US$ 0,4 bilhão)
- Bangladesh: 80,6% (ou US$ 0,1 bilhão)
- Filipinas: 60,4% (ou US$ 0,1 bilhão)
- China: 14,9% (ou US$ 1,1 bilhão)
As vendas para a América do Sul subiram 29,3%, com destaque para a Argentina (24,9%). A União Europeia cresceu 2%.
Setor agropecuário recupera participação
O agronegócio foi o principal motor do mês: crescimento de 18,0%, alcançando US$ 6,7 bilhões em exportações e elevando sua participação de 20,0% para 22,0% do total.
- Carne bovina: 55,6% (acréscimo de US$ 0,63 bilhão)
- Milho: 22,5% (acréscimo de US$ 0,28 bilhão)
- Soja: 20,2% (acréscimo de US$ 0,52 bilhão)
Fora do agro, veículos de passageiros tiveram alta de 50,0%, adicionando US$ 0,23 bilhão.
Importações e compra de plataforma
As importações subiram 17,7% em relação a 2024, puxadas por uma operação específica: a compra de uma plataforma de petróleo de uma empresa de Singapura. O item Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes saltou 14.669,5%, de US$ 16 milhões em setembro de 2024 para US$ 2,375 bilhões em setembro de 2025.
Relatórios oficiais apontam que transações semelhantes já haviam afetado as contas em fevereiro, quando a aquisição de uma plataforma de US$ 2,7 bilhões tornou o balanço mensal negativo.
Conclusão
Setembro mistura força e ruídos pontuais. O Brasil registrou superávit de US$ 2,99 bilhões e exportações recorde, sinal de resiliência do comércio exterior. Ao mesmo tempo, a tarifa de 50% dos EUA pressionou as vendas ao norte (-20,3%), enquanto países da Ásia e da América do Sul ampliaram espaço — com destaque para Singapura (133,1%) e China (14,9%).
O MDIC revisou para cima a projeção de 2025 para US$ 60,9 bilhões, e o agronegócio seguiu como motor do mês (18,0%). Contudo, operações isoladas, como a compra da plataforma de petróleo em Singapura, podem distorcer leituras mensais e exigem cuidado na interpretação de tendências.
Em resumo: há momentum exportador e diversificação geográfica, mas é preciso cautela diante de tarifas e compras extraordinárias. Para aprofundar a leitura sobre esse desempenho de setembro, consulte também https://borainvestir.b3.com.br/noticias/exportacoes-tem-o-melhor-resultado-para-setembro-mesmo-com-tarifas-dos-eua/. Convido você a ler mais artigos em https://financasparatodos.com.br.
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