Educação e regulação impedem avanço das criptomoedas no Brasil, afirmam especialistas
No cenário atual das criptomoedas, você pode se perguntar quais são os verdadeiros desafios para sua institucionalização no Brasil. Vários executivos participaram de um painel na Febraban Tech 2025 e compartilharam suas percepções sobre o que precisa ser superado para que os ativos digitais façam parte do cotidiano dos brasileiros. Questões como a educação sobre o tema e a necessidade de regulações mais claras estão em pauta. Este artigo irá aprofundar-se nas visões desses especialistas e como eles veem o futuro das criptomoedas no país.
- Educação sobre criptomoedas é um grande desafio no Brasil.
- Regulação clara pode ajudar na adoção de ativos digitais.
- Instituições financeiras precisam ouvir as demandas dos clientes.
- Conversas devem focar em produtos, não só na tecnologia.
- O Banco Central do Brasil está atuando de forma positiva na regulação.
Desafios da Adoção de Criptomoedas no Brasil
A institucionalização das criptomoedas no Brasil enfrenta barreiras significativas, conforme destacam especialistas da área. Você pode se perguntar: por que, apesar do crescimento do mercado de criptomoedas, a aceitação ainda é um desafio? Vamos explorar os principais obstáculos que precisam ser superados para que os ativos digitais se tornem parte do cotidiano dos brasileiros.
O Papel da Educação
Um dos principais entraves à adoção das criptomoedas é a falta de conhecimento sobre o assunto. Para muitos, o mundo das criptomoedas ainda parece um mistério, especialmente para aqueles em posições de liderança que têm dificuldades com novas tecnologias. Valérie Cadier Adem, diretora de marketing de uma empresa de criptomoedas, enfatiza que a resistência à inovação pode ser um grande obstáculo. Isso significa que é crucial promover a educação sobre o tema, para que mais pessoas entendam como as criptomoedas podem ser integradas em suas vidas e negócios.
A Necessidade de Escutar o Cliente
Para que as instituições financeiras aceitem as criptomoedas, é vital que elas ouçam as demandas dos clientes. Guto Antunes, que lidera a área de ativos digitais em um grande banco, acredita que a disposição para ouvir os clientes é um passo importante na educação sobre criptomoedas. Se você está em uma posição de liderança, considere como a escuta ativa pode moldar a forma como sua instituição se relaciona com as criptomoedas.
Superando a Cultura Interna
No Banco do Brasil, o desafio é maior devido a questões de cultura interna. Julierme de Souza, gerente-executivo de TI da instituição, aponta que, no início, a conversa sobre criptomoedas foi deixada de lado. No entanto, após a introdução de um novo ativo digital, a necessidade de entender o que estava acontecendo se tornou evidente. Isso ilustra a importância de estar sempre atento às mudanças no mercado e como elas podem impactar sua organização.
Impacto nos Negócios
Para que as criptomoedas sejam vistas como uma oportunidade, é essencial que as instituições financeiras mostrem como podem impactar positivamente os negócios. Souza menciona que a estratégia de comunicação deve destacar como os clientes estão investindo em corretoras de criptomoedas e o potencial de receita que isso representa. Se você está em uma posição de decisão, pense em como pode comunicar esses benefícios de forma clara e eficaz.
Avanços na Regulação
A regulação é um fator crucial que pode influenciar a aceitação das criptomoedas. Souza acredita que, à medida que a regulação avança, será possível ter uma visão mais clara das oportunidades que podem ser oferecidas aos clientes. Isso significa que, enquanto a regulação ainda é um campo em desenvolvimento, é importante adotar uma postura cautelosa e estar preparado para se adaptar às mudanças.
Atuação dos Reguladores
Silvio Pegado, diretor de uma empresa de tecnologia financeira, elogia o papel ativo dos reguladores brasileiros. A presença de um regulador que não é apenas reativo, mas que também promove iniciativas como sandboxes e novos ativos digitais, faz uma grande diferença. Isso representa uma oportunidade para que o Brasil se destaque em comparação a outros países que ainda não têm clareza em suas políticas de criptomoedas.
Foco no Produto, Não na Tecnologia
Os especialistas concordam que o foco da discussão deve mudar. Em vez de se concentrar apenas na tecnologia por trás das criptomoedas, é hora de discutir os produtos que podem ser oferecidos. Guto Antunes sugere que agora é o momento de entender qual produto é mais adequado para cada cliente. Isso significa que, ao trabalhar com criptomoedas, o foco deve ser no valor que você pode entregar ao cliente, em vez de apenas nas complexidades tecnológicas.
A Evolução do Uso das Criptomoedas
Pegado faz uma analogia interessante: hoje, as pessoas não se preocupam em entender como o Pix funciona ou como a tecnologia permite o uso da internet; elas simplesmente usam. Isso sugere que, em algum momento, o uso das criptomoedas também se tornará tão natural. As pessoas começarão a utilizá-las sem se preocupar com os detalhes técnicos.
Avançando nas Conversas
Julierme de Souza, do Banco do Brasil, enfatiza que é hora de mudar o foco das conversas. Em vez de discutir a tecnologia, é fundamental falar sobre a proposta de valor. O que você pode entregar ao cliente? Essa é a pergunta que deve guiar as discussões. É essencial que as instituições financeiras se concentrem em como as criptomoedas podem beneficiar seus clientes e não apenas em como funcionam.
O Futuro das Criptomoedas
À medida que você considera o futuro das criptomoedas no Brasil, é importante reconhecer que a educação, a escuta ativa dos clientes e a regulação são elementos fundamentais para a sua aceitação. O mercado de criptomoedas está em constante evolução, e sua compreensão e adaptação a essas mudanças serão cruciais para o sucesso.
Conclusão
Em suma, a institucionalização das criptomoedas no Brasil enfrenta desafios que vão desde a falta de educação até a necessidade de regulações mais claras. É imperativo que as instituições financeiras não apenas escutem as demandas dos clientes, mas também mudem o foco das conversas para o valor que podem oferecer, em vez de se perderem em complexidades tecnológicas. O papel ativo dos reguladores é um ponto positivo, mas a cultura interna das organizações ainda precisa ser ajustada para abraçar essa nova realidade. À medida que você navega por esse cenário dinâmico, lembre-se de que a adaptação e a compreensão são essenciais para o sucesso. Continue sua jornada de aprendizado e descubra mais sobre o fascinante mundo das finanças visitando Finanças Para Todos.
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