Dólar sobe no exterior com dúvidas sobre cortes do Fed e você pode se beneficiar com a valorização do real
Você vai ler sobre como o dólar se fortaleceu no exterior depois do discurso cauteloso do presidente do Fed, que esfriou expectativas de novos cortes de juros. O movimento mexeu com mercados globalmente. Mas você também verá por que o real pode ganhar com a clareza sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos. O juro real atrai investidor estrangeiro e pode influenciar seus investimentos.
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Principais takeaways
- Fed cortou 0,25 ponto, mas discurso de Powell aumentou dúvidas sobre cortes futuros.
- Mercado reduziu as expectativas de cortes adicionais; o dólar ganhou força globalmente.
- Real pode se valorizar se ficar claro que os juros americanos vão cair.
- Juros reais altos no Brasil atraem investidor estrangeiro e sustentam o real.
Fed corta juros nos EUA; dólar sobe, mas real pode se beneficiar
O que aconteceu
O Federal Reserve (Fed) reduziu a taxa básica em 0,25 ponto percentual, para faixa de 3,75%–4% ao ano. Apesar do corte, o presidente do Fed adotou tom cauteloso, reduzindo as chances de um novo corte em dezembro. Em reação, o dólar subiu: o índice DXY avançou cerca de 0,5%.
Principais pontos
- Corte de 0,25 ponto pelo Fed.
- Discurso do presidente gerou incerteza sobre cortes futuros.
- Dólar mais forte globalmente; DXY 0,5%.
- Real tende a se valorizar se a queda de juros nos EUA ficar mais clara.
- Projeções de mercado ainda apontam cortes adicionais neste e no próximo ano, segundo analistas.
Contexto e expectativas
- O mercado esperava cortes mais rápidos: segundo João Sá, co-head de investimentos da Arton, antes do discurso as probabilidades de novo corte para dezembro eram praticamente certas; depois caíram para cerca de 65%.
- Houve divergência entre os votantes do Fed nesta reunião, reforçando o tom cauteloso.
- A Arton mantém projeção de ao menos um corte ainda este ano e mais cortes em 2026, baseando-se no comportamento da inflação e na avaliação de que a atual fase de tarifas é passageira.
Impacto no câmbio e na sua carteira
- Globalmente, o dólar tem se fortalecido pela busca por ativos de segurança e pela fraqueza relativa de outras economias.
- No Brasil, cenário distinto: se ficar claro que os juros nos EUA vão continuar caindo, o dólar tende a enfraquecer frente ao real, por conta do diferencial de juros.
- O juro real brasileiro segue atraente para investidores estrangeiros. Mesmo com inflação controlada, o retorno real mantém o país atrativo, segundo analistas.
O que você deve acompanhar
- Próxima ata e discursos do Fed para sinais sobre o ritmo de cortes.
- Dados de inflação nos EUA e no Brasil.
- Decisões sobre a Selic e qualquer sinal sobre o calendário de cortes no país.
- Movimentos do DXY e fluxo de capitais para ativos brasileiros.
Conclusão
O Fed colocou o mercado na defensiva e o dólar reagiu como porto seguro — subiu globalmente. Ao mesmo tempo, existe uma janela de oportunidade para o real: se a trajetória de juros nos EUA ficar mais clara e direcionada a cortes, o diferencial com o juro real brasileiro pode atrair investidor estrangeiro e fortalecer a moeda doméstica.
Não é certeza absoluta, mas um jogo de sinais. Acompanhe DXY, atas e discursos do Fed, dados de inflação, a decisão da Selic e o fluxo de capitais para montar o quebra‑cabeça do câmbio e ajustar sua carteira.
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